8 de dezembro de 2024

M

 


  1.   Proclo, em sua Scholia on the Cratylus, observa lindamente o seguinte, a respeito das Musas:  

    O mundo inteiro está ligado por laços indissolúveis de Apolo e das Musas, e é ao mesmo tempo um e todo perfeito, através das comunicações dessas divindades; possuindo a primeira através da mônada apolínica,* mas sua subsistência totalmente perfeita através do número das Musas. Pois o número nove, que é gerado a partir do primeiro número perfeito (isto é, três), é, através da semelhança e da mesmice, acomodado às causas multiformes da ordem e harmonia mundanas; todos eles ao mesmo tempo sendo reunidos em um cume com o propósito de produzir uma perfeição consumada; pois as Musas geram a variedade de razões com as quais o mundo está repleto; mas Apolo compreende em união toda a multidão destes. E as Musas dão subsistência à harmonia da alma; mas Apolo é o líder da harmonia intelectual e indivisível. As Musas distribuem os fenômenos segundo razões harmônicas; mas Apolo compreende a harmonia inaparente e separada. E embora ambos dêem subsistência às mesmas coisas, ainda assim as Musas efetuam isso de acordo com o número, mas Apolo de acordo com a união. E as Musas de fato distribuem a unidade de Apolo; mas Apolo une e contém multidão harmônica: pois a multidão das Musas procede da essência de Musagetes, que é ao mesmo tempo separada e subsiste de acordo com a natureza do um.   

    * Apolo é a mônada das Musas, isto é , a causa produtora aproximadamente isenta de sua multidão, e é aquela em que seus cumes estão fixados como as raízes das árvores na terra.  





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